Othelino fala sobre durante sessão a eficácia das vacinas

O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), fez um alerta, na sessão plenária desta quarta-feira (9), para que se evite causar pânico na população sobre a eficácia das vacinas contra a Covid-19. O pronunciamento do parlamentar sobre o tema foi feito após discursos dos deputados Dr. Yglésio e Zé Inácio, em torno da eficiência dos imunizantes Coronavac e Sputnik.

O chefe do Legislativo enfatizou a importância de confiar nos especialistas. “A preocupação do deputado Yglésio é pertinente. Mas, certamente, os profissionais de saúde, especialmente os pesquisadores, estão acompanhando essa questão específica da Coronavac. E nós precisamos ter cuidado, claro, para não gerarmos um pânico nas pessoas que tomaram a vacina e elas acharem que estão absolutamente desprotegidas”, observou Othelino.

Para ele, essa discussão ainda vai durar por um bom tempo. “Os imunizantes contra o coronavírus foram produzidos muito rapidamente, então, a cada período que passa, nós vamos lendo análises diferentes com relação a uma ou outra vacina”, frisou. O parlamentar disse ainda que a discussão só terá uma solução prática a partir de uma nova definição no Plano Nacional de Imunização.

“A provocação do assunto, claro, é útil, mas que essa discussão seja travada mesmo de forma científica para que, caso seja necessário, possa efetivamente ser alterada de maneira que não só os idosos, mas todos nós estejamos protegidos com essa vacina, como defendeu com muita ênfase o deputado Yglésio, que, aliás, trouxe algumas informações importantes sobre o tema para todos nós”, finalizou.

Flávio Dino diz que não há cepa indiana no Maranhão

Não há identificação de transmissão local da cepa indiana no Maranhão. A confirmação veio do governador Flávio Dino, em coletiva à imprensa, nesta sexta-feira (28), no Palácio dos Leões. O governador informou que o paciente indiano, de 54 anos, segue internado em hospital da rede privada, em São Luís, e sendo monitorado. Na ocasião, Flávio Dino anunciou ainda a vacinação de profissionais da comunicação, entrega de mais vacinas aos municípios e atualizou o cenário da Covid-19 no Maranhão.

Um total de 147 pessoas, que tiveram contato com o paciente, foram testadas – seis casos deram positivo para a variante P1 (variante de Manaus) e não a cepa indiana. Diante do cenário, o Governo do Maranhão determinou testagem de toda a tripulação do navio indiano; e proibiu atracamento da embarcação em porto maranhense. “Portanto, não se trata da cepa indiana. Não há identificação de transmissão local da cepa indiana no Maranhão, até o momento”, afirmou o governador Flávio Dino.

A fiscalização ao desembarque de embarcações também foi intensificada. A partir de agora, deve ser comunicado previamente à Secretaria de Estado da Saúde (SES) os desembarques de navios e as estadas em hotéis e similares. “Hoje encerra o período de quarentena do navio, que permanece ancorado a dezenas de quilômetros de São Luís e colocamos que toda a tripulação seja testada, para termos certeza de que estão livres do coronavírus”, destacou Dino.

Ainda nesta sexta-feira, o Governo do Maranhão reúne com a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratar do tema.

Regras para ampliar a vacinação no estado foram destacadas durante a coletiva (Foto: Handson Chagas)

A partir deste sábado (29), o Governo dá continuidade à vacinação na indústria alcançando as empresas gráficas, incluindo as de comunicação/jornalismo, abrangendo todos os setores – televisão, rádio, web, jornais, assessorias de comunicação; e também, todos os profissionais – do jornalista/comunicador até atividades auxiliares como porteiro, secretário, gráficos, serviços gerais, dentre outros trabalhadores.

Nesta primeira etapa, a vacinação da categoria inicia pelas empresas. Quanto aos autônomos, será tratado junto às Comissões Intergestores Bipartite (CIB) – órgãos vinculados às Secretarias Estaduais de Saúde – e os processos de vacinação caberão às prefeituras.

Sem vacina, pessoas entre 30 e 59 anos veem aumento de mortes em SLZ

Faixa etária que ficou na fila de espera para que as prioridades fossem atendidas pelas autoridades públicas teve forte crescimento nos óbitos desde que os mais velhos foram imunizados

As mortes por CoVID-19 na população com idade entre 50 e 59 anos aumentaram 80% no mês de abril, segundo dados dos cartórios de registro civil de São Luís.

Entre os que têm 30 e 39 anos, o percentual foi ainda maior, superando 90%.

Essas faixas etárias estão sem previsão de vacinação por causa do atendimento das chamadas prioridades; só ontem, a Prefeitura de São Luís anunciou o cadastramento de pessoas acima de 50 anos, mas ainda sem previsão de vacinação.

O aumento no número de óbitos entre os mais jovens ocorre diante da imunização dos mais velhos. A capital maranhense já vacinou – pelo menos com a primeira dose – adultos com idade acima de 60 anos, o que fez o vírus se proliferar entre os mais jovens.

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.

Em São Luís, a faixa etária que registrou o maior percentual de aumento em relação à média para a idade desde o início da pandemia foi a da população entre 30 e 39 anos, com crescimento percentual de 98% no número de óbitos em abril na comparação com o período que vai de março de 2020 a março de 2021.

Fonte: Marco Aurélio D’eça

Com mais 210 mil imunizantes, São Luís deve ficar no topo das cidades que mais vacinaram

A capital do Maranhão, nos cinco primeiros meses de 2021 já vem ocupando posição de destaque entre as capitais que mais vacinaram no país. Agora, com o recebimento de mais 210 mil imunizantes, fica destacada das demais.

O novo lote foi enviado pelo Ministério da Saúde depois de confirmado seis casos da nova variante indiana da covid-19 em um navio chinês fundeado na costa maranhense. Um dos casos, um cidadão de 54 anos, permanece intubado no hospital UDI.

A utilização dessas vacinas acontecerá, notadamente, nas entradas e saídas da nossa ilha. Serão beneficiados também agentes públicos da limpeza urbana, pessoas com deficiência e do manejo de resíduos sólidos.

Também receberam vacinas as cidades de São José de Ribamar (36 mil), Paço do Lumiar (30 mil) e Raposa (6 mil).

Flávio Dino e Marcelo Queiroga discutem pela internet

“Incrível essa entrevista coletiva do ministro da Saúde. Ele diz que debateu sobre o Maranhão com os secretários municipais de Saúde de São Paulo e do Rio. E com o prefeito de Guarulhos. Menos com o governo do Maranhão. É impossível até entender o que eles farão”, disse o governador.

Queiroga respondeu afirmando que procurou pelo secretário de Saúde do estado nordestino, mas que ele havia sido impedido pelo chefe do Executivo local de participar do debate com o governo federal.

“Estranho, Vossa Excelência. Ao contrário do que afirma, conversei com o secretário Carlos Lula, por telefone, e o convidei para a coletiva. No entanto, ele informou que o senhor não autorizou a participação dele. Este deve ser um momento de união. Nosso único inimigo é o vírus!”, afirmou o ministro.

Flávio Dino respondeu mais uma vez, também pelo Twitter, afirmando que o secretário não foi ouvido. “E claro que ele não se dispôs a ser enfeite em coletiva. Estamos sempre à disposição para diálogos sérios. E espero que o presidente da República ouça suas recomendações, passe a usar máscaras e evitar aglomerações.”

Braide garante mais 300 mil doses extras de vacina

O prefeito Eduardo Braide garantiu, durante a vinda do ministro da Saúde Marcelo Queiroga a São Luís, na tarde deste domingo (23), mais 300 mil doses extras da vacina contra a Covid-19 para a Grande São Luís. O pedido feito pelo Município vai permitir que a capital maranhense avance ainda mais na Campanha Municipal de Vacinação conforme Plano Nacional de Vacinação (PNI).

Estamos contando com o apoio do Ministério da Saúde não só para o enfrentamento da pandemia, mas, também, para essa variante da Índia que foi identificada aqui perto de São Luís. Fiz um pedido especial ao ministro para que pudesse conceder doses extras das vacinas ao município e obtivemos a garantia de que São Luís terá mais 300 mil doses para que a gente possa dar uma tranquilidade maior à população de São Luís”, destacou o prefeito Eduardo Braide ao lado de Queiroga e do secretário municipal de Saúde, Joel Nunes.

Em vista da situação quanto à chegada da cepa indiana ao país e do pedido do prefeito de São Luís, o ministro garantiu mais doses de vacinas à Grande São Luís. “O prefeito fez um pleito muito justo para ampliar a cobertura de vacinas em São Luís, que foi acatado pelo Plano Nacional de Imunização. Nós teremos [em São Luís] 5% a mais de vacina, aproximadamente 300 mil doses neste primeiro momento”, assegurou Marcelo Queiroga.

Vacinas da Pfizer e AstraZeneca são eficazes contra variante indiana do coronavírus.

Pesquisa da agência de saúde pública da Inglaterra constatou que ambas conseguiram evitar casos sintomáticos de Covid-19. As duas vacinas estão sendo usadas no Brasil. Artigo ainda não passou por revisão de outros cientistas e nem foi publicado em revista científica.

Por G1

As vacinas da Pfizer/BioNTech e de AstraZeneca/Oxford são “altamente efetivas” contra uma das variantes indianas do coronavírus, diz um estudo da agência de saúde pública da Inglaterra divulgado na noite de sábado (22). O artigo ainda não passou por revisão de outros cientistas e nem foi publicado em revista científica.

A pesquisa, feita entre 5 de abril e 16 de maio, mediu o quanto cada vacina conseguiu reduzir casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante britânica (B.1.1.7) e por uma das variantes indianas (B.1.617.2, uma sub-linhagem da B.1.617).

Os números constatados são os de efetividade, ou seja: o impacto real da vacina na população. A efetividade mede o quanto a vacina consegue reduzir os casos de uma doença na vida real.

Veja as principais conclusões:

  • A vacina da Pfizer/BioNTech teve uma efetividade de 88% contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) duas semanas após a segunda dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade foi um pouco maior: 93%.
  • A vacina de Oxford/AstraZeneca teve 60% de efetividade contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) após a segunda dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade também foi um pouco maior: 66%.
  • Ambas as vacinas tiveram 33% de efetividade contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) após a primeira dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade de ambas era de 50%.
  • A diferença na efetividade entre as vacinas após as duas doses pode ser explicada pelo fato de que o início da aplicação da segunda dose da vacina de Oxford/AstraZeneca só ocorreu depois do da Pfizer/BioNTech, disseram os pesquisadores.
  • Eles também pontuaram que outros dados sobre perfis de anticorpos mostram que leva mais tempo para atingir a efetividade máxima com a vacina de Oxford/AstraZeneca.
  • Um outro ponto é que, assim como com outras variantes, níveis ainda mais altos de efetividade são esperados contra a hospitalização e morte por Covid. Hoje, os casos e períodos de acompanhamento não são suficientes para estimar a efetividade das vacinas contra casos graves pela variante B.1.617.2. A agência vai continuar avaliando isso nas próximas semanas.

“Esperamos que as vacinas sejam ainda mais efetivas na prevenção de hospitalização e morte, por isso é vital receber ambas as doses para obter proteção máxima contra todas as variantes existentes e emergentes”, destacou a chefe de imunização da agência de saúde pública da Inglaterra, Mary Ramsay, e autora sênior do estudo.

O secretário de Saúde do país, Matt Hancock, reforçou: “é claro o quão importante é a segunda dose para garantir a proteção mais forte possível contra a Covid-19 e suas variantes – peço a todos que agendem sua vacinação quando for oferecida”.

“Agora podemos ter certeza de que mais de 20 milhões de pessoas têm proteção significativa contra essa nova variante, e esse número está crescendo à medida que mais e mais pessoas recebem a segunda dose vital. Quero agradecer aos cientistas e médicos que trabalharam sem parar para produzir esta pesquisa”, declarou Hancock.

Uma análise separada da agência indicou que o programa de vacinação contra a Covid-19 no país evitou, até o dia 9 de maio, 13 mil mortes e cerca de 39,1 mil hospitalizações de idosos na Inglaterra.

Vacinação no Brasil

No Brasil, um levantamento feito pelo G1 com dados do DataSUS mostrou que, 4 meses após o início da vacinação, apenas 39% dos idosos tomaram ambas as doses de uma vacina no país.

Apenas 9,72% da população brasileira já recebeu as duas doses de alguma das 3 vacinas contra a Covid aplicadas no país: CoronaVac, Pfizer ou Oxford/AstraZeneca. Na Europa, em comparação, esse percentual é de 16,5%. Nos Estados Unidos, é de 38,9%.

Prefeitura de São Luís inicia vacinação contra Covid de pessoas com deficiência mental e Transtorno do Espectro Autista (TEA)

A Prefeitura de São Luís iniciou, nesta quarta-feira (19), o atendimento a mais um público prioritário na vacinação contra a Covid. A partir de hoje, pessoas a partir de 18 anos com deficiência mental (severa e moderada) e Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem receber a primeira dose do imunizante contra o novo coronavírus.

A terapeuta ocupacional Eunice Menezes aproveitou a oportunidade para levar o irmão Elias Forte de Menezes, 34 anos, para tomar a primeira dose da vacina. “A gente vem aguardando esta vacina com muita ansiedade. Ele é a segunda pessoa da nossa família que se vacina. Nossa mãe, que tem diabetes, já se vacinou. E agora chegou a vez dele, que tem deficiência mental. A gente fica feliz porque é uma segurança a mais para a saúde dele, que é mais frágil que a de outras pessoas”, comentou.

Vacinação 

O início da vacinação para esse novo público segue as diretrizes do Ministério da Saúde no Plano Nacional de Imunização (PNI), que o estabeleceu como um dos prioritários na imunização contra Covid-19.

“É um trabalho planejado e bem executado pelas nossas equipes. Estamos firmes no propósito da vacinação e não vamos descansar até que a vacina chegue para todos”, enfatizou o prefeito de São Luís, Eduardo Braide.

A vacinação pode ser realizada no Centro Municipal de Vacinação (Multicenter Sebrae) e no Drive Thru do Espaço Reserva, ao lado do Shopping da Ilha, no Maranhão Novo, com atendimento das 8h às 18h. Para vacinar, além de documento oficial com foto e comprovante de residência, é preciso levar o laudo, relatório médico ou, ainda, apresentar declaração da instituição onde a pessoa faz acompanhamento.

Também seguem sendo vacinadas também pessoas com Síndrome de Down, gestantes e puérperas com comorbidades, pacientes renais crônicos (dialíticos), e as pessoas com qualquer uma das comorbidades definidas como prioridade pelo Ministério da Saúde.

Covid-19: Justiça determina vacinação de pessoas com deficiência no MA

O Estado do Maranhão e os municípios da Grande São Luís deverão iniciar a vacinação conta a Covid-19 de pessoas com deficiência. Essa foi a decisão da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca da Ilha de São Luís em resposta à Ação Civil Pública ajuizada pela Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE/MA).

A tutela de urgência foi concedida na última sexta-feira, 14, pelo juiz Douglas de Melo Martins. No texto, o magistrado determina que o Estado do Maranhão e os municípios de São Luís, Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar deem início, no prazo de cinco dias úteis, no âmbito dos seus planos de imunização, à vacinação das pessoas com deficiência (seja ela física, mental, intelectual ou sensorial, conforme critérios conceituais fixados no Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde).

A ação foi ajuizada pelo defensor público Cosmo Sobral, após chegar ao conhecimento do Núcleo Especializado de Defesa da Saúde, Pessoa com Deficiência e Idoso da DPE/MA, a necessidade de priorizar a vacinação das pessoas com deficiência que apresentam maior letalidade para Covid-19. Este comprometimento foi identificado em estudos científicos e, também verificado em razão da suscetibilidade das pessoas com deficiência a comorbidades e a impedimentos que aumentam o risco de agravamento e morte pela infecção decorrente do coronavírus (SarsCov-2).

“Desde então, vínhamos acompanhando a ordem de vacinação dos grupos prioritários, porém, ao término da primeira quinzena do mês de abril, o governo do Estado do Maranhão anunciou a antecipação de dois grupos prioritários posteriores às pessoas idosas e pessoas com deficiência, dentre eles policiais e agentes de segurança e salvamento, bem como professores e profissionais da área da educação”, alegou Cosmo Sobral. 

Em sua decisão, o juiz Douglas Martins asseverou, ainda, que os réus deram início à etapa de vacinação das pessoas com deficiência, limitando, entretanto, o grupo aos beneficiários de BPC (Benefício de Prestação Continuada). Para ele, este critério constitui discriminação imotivada e promove a exclusão de pessoas com deficiência em maior situação de vulnerabilidade, que, seja por qual razão, não tenham acesso ao benefício assistencial.