Embora quase unanimidade para o Senado entre os aliados, governador precisa, ao mesmo tempo, unificar a base e ainda impedir a criação de novas frentes de oposição para que mantenha a imagem nacional de líder inconteste em seu estado
Faltando pouco mais de 1 ano para as eleições de 2022, o governador Flávio Dino (PSB) vive uma inusitada situação: ao mesmo tempo em que lidera todas as pesquisas para o Senado, vive um risco eleitoral sem precedentes na montagem da chapa aliada.
Além de tentar garantir a unificação da base em torno de um candidato escolhido por ele – o que se torna cada dia mais difícil – Dino tem de evitar o surgimento de candidatos na oposição.
Sua indecisão, no entanto, além de criar arestas já quase intransponíveis na própria base, começa a estimular o surgimento de pelo menos quatro frentes diretas de oposição com chances vencer as eleições.
Líder em todas as pesquisas de intenção de votos, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) pode reunir uma frente de remanescentes do sarneysismo, com PSD e PV.
Outra frente oposicionista pode surgir a partir da aliança entre o senador Roberto Rocha (sem partido) e o prefeito de São Pedro dos Crentes, Dr. Lahésio Bomfim (PSL).
Além disso, começa a ganhar corpo o projeto de candidatura do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior, por um partido da base do governo Bolsonaro, que pode ser o PSD ou o PTB; ou os dois.
Se, além destas forças, Flávio Dino não conseguir convencer o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) a lançar candidatura, serão quatro frentes diretas contra ele em 2022.
E se continuar o racha na própria base for iminente, o governador – que estará sem mandato a partir de abril – será o alvo direto de cinco ou seis frentes.
Um risco e tanto para quem precisa da imagem nacional de líder inconteste no próprio estado…
Fonte: Marco D’eça