EDIVALDO HOLANDA: TERCEIRA VIA OU DESVIO?

Edivaldo Holanda não é uma terceira via: é um desvio. Se ele, de fato, se candidatar a governador e perder (muito possível) abrindo mão de uma cadeira federal certa, ficará sem mandato, deixando sua carreira política em suspense, no vácuo. Se ganhar (pouco possível), será um fenômeno, e não deverá favor a ninguém, a não ser a Deus.

Tudo isso acontecendo num partido bolsonarista, onde paira a figura de Roberto Rocha, nome preferencial no coração de Bolsonaro. E aqui, Edilázio, presidente do PSD estadual, pode estar engordando cobra para devorá-lo, pois há uma forte possibilidade, no caso de Edivaldo não avançar nas pesquisas, dele decidir candidatar-se a deputado federal, comprometendo o mandato do próprio Edilázio, afinal, o partido não teria oxigênio para eleger dois federais.

Por tais cenários, Edivaldo, desde sua postura no muro das eleições municipais, é um candidato bissexto, sem órbita definida, podendo se colidir com qualquer outro projeto de candidatura que se aproxime dele, quer majoritária, quer proporcional. Edivaldo não é uma panaceia capaz de gerar um anjo, cruzando hiena com leão.


Salvo a certeza de um mandato federal líquido e certo para si mesmo, seguir Edvaldo é seguir um desvio que pode levar ao paraíso ou a um abismo. Não há certeza nesse jogo de dados em areia movediça.

Flávio Dino manda recado a Edivaldo Jr: “não apoiaremos bolsonaristas”

Após oito anos juntos, Flávio Dino e Edivaldo começam a se afastar; Dino não apoia bolsonaristas, segmento com o qual Edivaldo vem flertando

Em entrevistas ao “Forum Onze e Meia”, da revista Forum, governador estabeleceu novos critérios para escolha do seu candidato ao governo e adiou para novembro a decisão, exatamente como o blog Marco Aurélio D’Eça já havia adiantado

O governador Flávio Dino (PCdoB) praticamente descartou o ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido) como candidato da sua base em 2022, caso ele mantenha diálogo com grupos bolsonaristas no estado.

– Não apoiaremos bolsonaristas – descartou Dino, ao falar dos critérios para escolha do candidato de suia base.

Após passar quase oito anos flertando com o comunismo e se posicionando com as pautas da esquerda, Edivaldo Júnior deixou o PDT no início do ano e passou a se aproximar de grupos mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro.

Evangélico, passou a dialogar com líderes deste segmento; e recebeu o convite público da deputada Mical Damasceno, que hoje controla o PTB maranhense e é abertamente bolsonarista. 

Critérios

Na entrevista, Dino mudou novamente os critérios de escolha do candidato – ele já havia descartado as pesquisas de intenção de votos – e agora mostra pouca importância também aos partidos políticos.

– Respeito os partidos, obviamente a vontade soberana do povo, mas no primeiro momento a pergunta é: qual o candidato que eu vou apoiar? Aí os critérios são esses, mas a gente vai caminhar para decidir isso – ressaltou Dino. (Ouça aqui a entrevista)

Assim como já havia adiantado o blog Marco Aurélio D’Eça, Flávio Dino prorrogou para dezembro a escolha do candidato que terá os eu apoio, diante da dificuldade de unificar a base.

Decisão esta que pode ser adiada para abril do ano que vem, segundo o próprio governador deixou a entender ao 

– Tem vários nome se colocando, o prazo de filiação vai até abril. A princípio, acho que o ideal mesmo é até o fim do ano para poder chegar ao nome, a partir desses critérios – disse o governador.

Fonte: Marco Aurélio D’Eça

Edivaldo Jr. não vê ‘problema algum’ em pedido de convocação na CPI da Covid

O ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior (sem partido) disse há pouco, no Twitter, haver sido “surpreendido com rumores sobre uma possível convocação para prestar esclarecimentos sobre a gestão da pandemia da Covid-19” durante a administração dele na capital maranhense.

Os “rumores” decorrem de um pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), para que o ex-gestor seja ouvido pela CPI da Covid, no Senado.

Em sua manifestação, Holanda Jr. disse não ver “problema algum” no pedido, porque não é investigado no caso.

“Não sou e nunca fui investigado, portanto não tenho o meu nome manchado por qualquer conduta que me desabone como cidadão ou gestor público. Como ex-prefeito, com tranquilidade me coloco à disposição para ajudar no que for necessário para informar sobre as medidas que adotamos para o enfrentamento da pandemia em São Luís”, disse.

Por: Gilberto Leda