A Bibita pegou Covid

O Coronavírus não é o primeiro vírus da era digital. Mas é o que está utilizando todos os instrumentos para proporcionar à sociedade um volume extraordinário de informações, fazendo a população conhecer detalhes da doença — a Covid-19 —, do vírus — o SARS-CoV-2 — e de sua estrutura, os métodos que estão sendo usados pelos laboratórios em suas pesquisas e a opinião de cientistas. São conhecidos os nomes das vacinas, os percentuais de imunização das primeiras doses, os efeitos que podem provocar ao serem tomadas. Mas é tanto conhecimento que até eu, espectador do programa de televisão conduzido pela formosíssima apresentadora Elisa Veeck e pelo dr. Fernando Gomes, fiquei em dúvida sobre qual vacina tomar e consultei David Uip, meu médico há 40 anos, considerado o maior infectologista do Brasil, e ele me respondeu — as vacinas ainda não tinham chegado — o seguinte: “Sarney, a primeira que aparecer, pois a ciência já desenvolveu um nível de segurança e os laboratórios têm uma responsabilidade tão grande que todas são confiáveis e boas.”

Ao compartilhar essa informação com um amigo, ele me contestou, afirmando que a chinesa fulana tinha tal percentual de imunização, a inglesa sicrana tanto, a russa beltrana tanto e assim por diante, com os nomes e suas potencialidades na cabeça, e que estava estudando qual era a melhor. Eu fui incisivo: “Não fique procurando vacina melhor. Não tem melhor, todas são melhores. Em vez de envelhecer, queira que diminua logo a idade dos que são vacinados para chegar a sua vez.” E aí, fui precursor com o David da campanha Vacina Sim, pois para nós a melhor era a seringa na mão, meu braço aberto e feliz por ser vacinado. Vejo com emoção os velhos, como eu, na alegria de serem picados pela agulha condutora da salvação. Quem fica preocupado com a idade nesta hora são as mulheres, para não revelar a sua, e desse modo quando a gente pergunta a elas se já se vacinaram, sempre respondem: “Ainda não, estou esperando chegar a vez de minha idade…”

Mas o que me diz do poder da informação é que presenciei meus bisnetos a discutirem sobre vacina, e Sofia, ao ser perguntada pela prima Júlia “o que é vacina?”, respondeu que é “um remédio que se toma para evitar essa doença que está matando tanta gente”. “Então eu vou vacinar minha gatinha Bibita, para ela não pegar.”

Assim, a Covid está mexendo com tudo. O mais sério é que realmente temos motivos para preocupação. Era uma doença inexistente, e, portanto, nada se sabia dela. Embora os cientistas saibam dos menores detalhes do vírus, precisamos ainda de tempo e muita pesquisa para começar a conhecer os processos de mutação desse insidioso vírus. Todos nós, escondendo, querendo ou não querendo, estamos com o medo. E o medo é tão poderoso que dizia Petrônio, o poeta do Satíricon, que o medo criou os deuses. Estávamos tão desamparados, tão sós, tão perdidos no mundo que precisávamos de quem pudesse nos socorrer. Primus in orbe deos fecit timor.

E no meio dessas indagações, volto à Júlia, que gritou com medo e alarmada: — “Sofia, a gatinha Bibita está espirrando, pegou a tal da Covid.”

José Sarney

Brandão dialoga com governo chinês na busca por mais vacinas ao MA

A busca pela ampliação da oferta de vacinas contra a Covid-19 tem sido uma das prioridades do Governo do Maranhão. Nesta sexta-feira (23), o vice-governador Carlos Brandão e o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, participaram de uma reunião on-line com a embaixada da China, representada pelo ministro conselheiro Qu Yuhui, para tratar sobre a possibilidade de adquirir vacinas por meio de doações de empresas chinesas, implantadas no estado.

A iniciativa é fruto da boa relação construída entre o Governo Flávio Dino e as empresas que estão se instalando no Maranhão, mesmo com o processo interrompido pela pandemia. A exemplo da CCCC, CBSteel, Herum e XCMG que, através desta tentativa fomentada pelo Estado, podem conseguir realizar as doações de vacinas chinesas para os maranhenses.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem até 28 de abril para decidir sobre a importação da vacina russa Sputnik V. Se não houver uma decisão, o Governo do Maranhão fica autorizado a importar e a distribuir o imunizante. Enquanto não há um parecer, o Governo do Estado já estuda outras alternativas para garantir a aquisição de doses de vacinas contra a Covid-19.

“Temos abertura de diálogo com a China, em razão do bom relacionamento comercial que construímos com o país ao longo dos últimos anos, com a implantação de diversas empresas chinesas no Maranhão. E é por meio desse estreitamento que estamos buscando, agora, abrir um novo caminho para ampliar a oferta de imunizantes aos 217 municípios maranhenses. Esse é o início de uma nova caminhada contra o novo coronavírus”, explicou o vice-governador

Após perder o pai, prefeito de Caxias vê o irmão morrer de Covid-19

O prefeito de Caxias, Fábio Gentil (Republianos) perdeu, na noite de sexta-feira (23), seu segundo familiar para a Covi-19.

Morreu em um hospital de Teresina, onde estava internado tratando-se da enfermidade, o secretário de Finanças e Planejamento da cidade, Talmir Rosa Neto, que era irmão do gestor.

Talmir Franklin Rosa Neto, 54 anos, estava internado desde o mês passado, com sintomas graves da Covid-19. Nas últimas semanas, precisou ser intubado devido ao agravamento do seu quadro clínico.

O secretário chegou a apresentar melhora, mas ontem, pouco depois das 22h, não resistiu. Em junho do ano passado, Fábio já havia perdido o pai, o então deputado Zé Gentil (Republicanos), para a mesma doença.

Dino usa PGE contra o governo Bolsonaro

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou no Twitter que vai entrar na Justiça com mais uma ação contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido).

Desta vez, o comunista insurge-se contra o cancelamento do Censo 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação foi confirmada pelo secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.

A justificativa apresentada foi a falta de previsão de recursos no Orçamento sancionado para este ano.

“Diante do descumprimento da Constituição pelo governo federal, com o cancelamento do Censo, já orientei a PGE do Maranhão a ingressar na Justiça. Há impactos em políticas sociais e na repartição das receitas tributárias, ameaçando os princípios federativo e da eficiência”, disse.

Dino e a espada de Dâmocles

Por uma análise do blogueiro  Luis Cardoso, Flávio Dino não  tem o apoio da classe política, por tê-la menosprezado ao longo do seu governo. E que até as emendas agora são impositivas, sem interferência do governador, tornando os deputados mais independentes do poder executivo que tem menos a oferecer aos aliados de ocasião. Restaria ao governador a sua densidade popular, a aprovação positiva do seu governo. A pergunta que não quer calar: ainda que, ao chegar as eleições, o governador tenha uma boa avaliação nas pesquisas, ele transferiria o seu prestígio a outros candidatos apoiados por ele? Se depender das últimas eleições municipais como  parâmetro,  a resposta é não. A espada de Dâmocles, aquela invisível lâmina pronta a decepar os poderosos que cometem erros crassos, continuará sobre a cabeça do governador Flávio Dino, cada vez mais próxima de sua jugular. A não ser que haja uma saída,  além das garras frágeis dos leões que já não mais são temidos pelos lobos famintos de poder.  Esse beco tem saída? 

Vice de ouro

Aparentemente, e até os analistas mais ingênuos já perceberam, o cargo de vice-governador na chapa governista de 2022 é a noiva mais cobiçada no reino dos Leões. É o Canal de Suez ou a ponte para futuras negociações de poder pós-sucessor de Flávio Dino. Todos querem esse às de ouros nas mãos para decidirem o jogo a seu favor. Flávio Dino, Weverton, Brandão e Roseana ( estes quatro,especialmente ), lutam por essa carta de ouro, cada um com seu objetivo de poder a médio e longo prazo. Até quando o governador Flávio Dino vai poder segurar essa carta a seu favor, sem contrariar os demais jogadores?

Luciano lança nova etapa do “Pró-asfalto” com Othelino e Ana Paula

Em Pinheiro, nesta manhã de quarta-feira (21), as atenções estavam voltadas para o bairro da Floresta onde o prefeito Luciano na presença do Deputado Estadual e Presidente da Assembléia Legislativa do Maranhão, Othelino Neto e da Vice-prefeita, Ana Paula Lobato, assinou o termo compromisso para a continuidade do Programa Pró-asfalto. A nova etapa iniciou a todo vapor com a implantação de camada asfáltica na rua Três de Setembro no bairro Floresta.

“Estive acompanhando o trabalho do prefeito na cidade, são ruas que ganham nova vida, deixando moradores satisfeitos com o resultado. Esse trabalho é fundamental para a segurança das pessoas que transitam pela cidade, reflete em economia também. O prefeito Luciano está de parabéns visto o alcance desse programa”, falou Ana Paula, Vice-prefeita de Pinheiro.

A continuidade do Programa Pró-asfalto foi possível graças a articulação do prefeito Luciano que conseguiu junto ao Deputado, Othelino Neto, emendas, verba necessária para financiar os gastos com a execução das obras de melhoria das ruas.

“É muito importante que o trabalho da gestão continue e o prefeito Luciano tem garantido isso, que a máquina pública continue ativa em nome do benefício à população. O que estamos fazendo é contribuindo para que os programas e ações deste governo continuem”, disse Othelino Neto, Deputado Estadual e Presidente da Assembléia Legislativa do Maranhão.

Em 2020 o programa implantou mais de 50km de asfalto na cidade de Pinheiro, com implantação e recuperação da camada asfáltica de ruas de diversos bairros. O trabalho não parou, só neste ano mais de 10km já foram implantados no município. Um benefício que chega à porta dos pinheirenses levando não apenas beleza, mas conforto, segurança e agilidade no deslocamento.

“Esse é um trabalho que precisa estar constantemente ativo, são muitas ruas já beneficiadas e bairros a espera da chegada dessa ação. O que posso dizer é que muito foi feito e que continuaremos fazendo. O asfalto é uma infraestrutura importante para o saneamento, segurança e locomoção, proporciona conforto aos moradores e é claro que deixa nossa cidade mais bonita. Agradeço ao Deputado Othelino pela parceria, não é a primeira vez que ele destina emendas para o asfalto de Pinheiro, é graças a ele que mais uma etapa desse programa se inicia”, afirmou Luciano.

Cai 20% a taxa de ocupação de leitos de UTI em São Luís

Uma animadora notícias aos moradores de São Luís.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), a taxa de a taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 em São Luís caiu 20% em uma semana.

Na quinta-feira da semana passada (15), 100% dos leitos de terapia intensiva estavam ocupados na capital (veja). Na noite de ontem (21), essa taxa era de 80%.

Os números podem já ser reflexo do avanço da vacinação de pessoas mais velhas. De acordo com o Vacinômetro da Secretaria de Estado da Saúde (SES), já foram aplicadas 169.367 doses de vacinas na cidade.

Em relação aos leitos clínicos, a taxa de ocupação atual é de 44,5%, contra 51,2% do dia 15 de abril.

Deputado do MA quer vacinação prioritária para pastores e padres

O deputado federal maranhense Josivaldo JP (Podemos) quer incluir mais algumas categorias entre as prioridades de vacinação contra Covid-19: pastores, padres e líderes espirituais.

Proposta de autoria do parlamentar, com esse objetivo, foi apresentada na Câmara dos Deputados na terça-feira, 20.

“A relevância da inclusão das autoridades eclesiásticas (Padres, Freiras, Sacerdotes) e Pastores Evangélicos no processo de imunização da COVID-19 são de suma importância, pois estão na seara de suas missões levando uma palavra de esperança aos doentes e em especial as famílias vitimadas pela pandemia, no fiel cumprimento de sua fé é de sua missão cristã, muito das vezes colocando em risco a sua integridade física para semear a boa nova (sic!)”, justifica Josivaldo em seu mal escrito projeto de lei.

Em carta com mais de 200 nomes, ganhadores do Nobel e pesquisadores alertam contra ataques à ciência no Brasil

No texto, os signatários afirmam que a ciência brasileira sofre com cortes orçamentários, perseguições e a instrumentalização para fins eleitorais no governo de Jair Bolsonaro.

23 de julho 2020 – Presidente Jair Bolsonaro exibe caixa de cloroquina para ema no Palácio da Alvorada, em Brasília — Foto: Adriano Machado/Reuters/Arquivo

Cientistas e pesquisadores, incluindo três ganhadores do prêmio Nobel, se uniram por meio de uma carta para defender o exercício da ciência no Brasil e criticar a atuação do governo durante a pandemia de Covid-19. O grupo afirma que a área está sob ataque do governo do presidente Jair Bolsonaro.

A carta “destinada aos acadêmicos de diferentes continentes em solidariedade a seus colegas do Brasil e ao povo brasileiro” foi publicada em 7 de abril (veja íntegra abaixo).

Com 12,3% da população vacinada contra Covid, ritmo de aplicação da 1ª dose despenca no Brasil.

Até o dia 19 de abril, o documento já somava mais de 200 assinaturas. Entre os signatários estão três pesquisadores laureados com o Nobel: Michel Mayor (Nobel de física em 2019), Peter Ratcliffe (Nobel de medicina em 2019) e Charles Rice (Nobel de medicina em 2020). A carta também é assinada por brasileiros membros de diferentes universidades e institutos científicos. No texto, os signatários afirmam que a ciência brasileira sofre com cortes orçamentários, perseguições e a instrumentalização para fins eleitorais. O grupo ainda aponta o governo Bolsonaro como o responsável pela proliferação de informações falsas referentes a Covid-19, o que agravou a situação da pandemia no país.

A carta “destinada aos acadêmicos de diferentes continentes em solidariedade a seus colegas do Brasil e ao povo brasileiro” foi publicada em 7 de abril (veja íntegra abaixo).

Com 12,3% da população vacinada contra Covid, ritmo de aplicação da 1ª dose despenca no Brasil. Até o dia 19 de abril, o documento já somava mais de 200 assinaturas. Entre os signatários estão três pesquisadores laureados com o Nobel: Michel Mayor (Nobel de física em 2019), Peter Ratcliffe (Nobel de medicina em 2019) e Charles Rice (Nobel de medicina em 2020).

A carta também é assinada por brasileiros membros de diferentes universidades e institutos científicos. No texto, os signatários afirmam que a ciência brasileira sofre com cortes orçamentários, perseguições e a instrumentalização para fins eleitorais.

O grupo ainda aponta o governo Bolsonaro como o responsável pela proliferação de informações falsas referentes a Covid-19, o que agravou a situação da pandemia no país.

“Se o coronavírus atinge todos os países do globo, o presidente Jair Bolsonaro deve ser responsabilizado pela gestão catastrófica da crise no Brasil, que não só ajudou a aumentar o número de mortes, mas acentuou as desigualdades no país”, afirmam os signatários.

O documento foi assinado por membros de universidades na França, Canadá, Marrocos, Senegal, África do Sul, Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Holanda, Bélgica, Mianmar, Alemanha, Espanha, Argentina, Colômbia, México e Suécia.

Leia, abaixo, a íntegra da carta:

Carta Aberta em solidariedade à ciência no Brasil

“Terça-feira, 6 de abril de 2021: o Brasil contabilizou 4.195 mortes ligadas à Covid-19. Ao todo, mais de 340 mil brasileiros já morreram desde o começo da pandemia. Se o coronavirus atinge todos os países do mundo, a amplitude da crise sanitária no Brasil não pode ser dissociada da gestão catastrófica do presidente Jair Bolsonaro. Ele deve ser denunciado por suas ações, que não apenas fez explodir o número de vítimas, mas acentuou a desigualdade no país.

Em várias ocasiões, o presidente da república do Brasil qualificou a Covid-19 como “uma gripezinha”, minimizando a gravidade da doença. Criticou as medidas preventivas, como o isolamento físico e a utilização de máscaras, e provocou inúmeras vezes aglomerações populares. Defendeu pessoalmente o uso da cloroquina, apesar de cientistas terem advertido sobre os efeitos tóxicos de sua utilização. Os pesquisadores que publicaram estudos científicos demonstrando que a utilização do medicamento aumentava o risco de morte de pacientes com Covid foram ameaçados no Brasil. Bolsonaro igualmente desencorajou a vacinação, chegando a sugerir, por exemplo, que as pessoas poderiam se transformar em “jacaré”. Entre o negacionismo, a proliferação de informações falsas e os ataques contra a ciência em plena crise sanitária, Bolsonaro mudou quatro vezes de ministro da Saúde.

A ciência no Brasil está sob fogo cruzado. De um lado, cortes orçamentários que golpeiam a pesquisa e ameaçam o trabalho de cientistas; de outro, a instrumentalização da ciência para fins eleitorais, como mostram as declarações do presidente. Não é possível esquecer também os ataques de Bolsonaro ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), num contexto alarmante de altos níveis de desmatamento na Amazônia.

Negando a ciência, Bolsonaro não apenas atinge a comunidade científica, mas a sociedade brasileira em sua totalidade. Os números da devastação desde o início da pandemia só faz aumentar; de acordo com os dados da Fiocruz, quase 92 novas cepas de coronavirus foram identificadas, transformando o país numa verdadeira usina de variantes, e a estas estatísticas deve-se acrescentar os impactos sobre o meio-ambiente, sobre povos tradicionais da Amazônia e sobre o clima em todo o mundo.

Neste contexto de crise sanitária, agravamento da desigualdade e mudança climática, este tipo de comportamento é inaceitável e o presidente deve ser responsabilizado por seus atos. Estamos preocupados com o agravamento da crise no Brasil e os ataques à ciência. Nesta carta aberta, queremos manifestar nossa solidariedade com nossos colegas no Brasil, cuja liberdade está ameaçada. Manifestamos igualmente nossa solidariedade com a população brasileira, que vem sendo diariamente afetada por esta política destruidora.”