O IBOPE é costumado a “errar” feio no Maranhão. Erra porque é ruim mesmo ou porque é pago para “errar”?
Amanhã, quarta-feira (23), o IBOPE, instituto de pesquisa carioca de propriedade de Carlos Montenegro, irá divulgar uma pesquisa de intenção de votos para o governo do Maranhão encomendado pela TV Mirante – emissora de propriedade da família Sarney.
Os números já vazaram nos bastidores e não condizem com a realidade, são notadamente manipulados, têm a finalidade de tentar influenciar o eleitor. Apesar de mostrar o governador Flávio Dino (PCdoB) à frente da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), o resultado do levantamento a ser apresentado nos telejornais de maiores audiências da emissora, irá focar para um eventual segundo turno.
A intenção do Ibope é cortar pela metade o índice de Flávio Dino que tem 60%, e obviamente, aumentar o desempenho de Roseana, que oscila em torno de 30%. Dessa forma, a mídia ligada aos sarneysistas irá bater na tecla de uma eleição de dois turnos.
Erros grosseiros do Ibope
– Eleição de 2014: A pouco mais de um mês da votação, o IBOPE apontava Flávio Dino com apenas 42% e o candidato da família Sarney, Edison Lobão Filho com 30%. A pesquisa, no entanto, estava errada. Dino acabou vencendo as eleições com 63,52%, quase o dobro de votos de Edinho, que perdeu no primeiro turno com 33,69%.
– Eleição de 2012: Dois anos antes, nas eleições municipais de 2012, o IBOPE também dava como certa a vitória de João Castelo no primeiro turno contra Edivaldo Holanda Júnior. Erraram: Edivaldo venceu com 36%, dez pontos a mais do que Castelo.
– Eleição suplementares de 2018 no Tocantins: Erro mais recente foi registrado nas eleições suplementares 2018 para o governo do Tocantins. Segundo o IBOPE, Kátia Abreu venceria a disputa com 22% dos votos. Mas ao abrir das urnas ficou apenas em quarto lugar com 15,66%. Mauro Carlesse, que aparecia para o Ibope em quarto lugar, com apenas 10%, acabou vencendo as eleições com 30,31%.