Após o município de São Luís ser contemplado com mais de 200 mil doses de vacina contra a Covid-19, o prefeito Eduardo Braide divulgou hoje (26) um novo calendário de vacinação na capital informando dias, turnos e faixa etária de pessoas a serem imunizadas na capital nos próximos dias.
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Edivaldo Jr. não vê ‘problema algum’ em pedido de convocação na CPI da Covid
O ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior (sem partido) disse há pouco, no Twitter, haver sido “surpreendido com rumores sobre uma possível convocação para prestar esclarecimentos sobre a gestão da pandemia da Covid-19” durante a administração dele na capital maranhense.
Os “rumores” decorrem de um pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), para que o ex-gestor seja ouvido pela CPI da Covid, no Senado.
Em sua manifestação, Holanda Jr. disse não ver “problema algum” no pedido, porque não é investigado no caso.
“Não sou e nunca fui investigado, portanto não tenho o meu nome manchado por qualquer conduta que me desabone como cidadão ou gestor público. Como ex-prefeito, com tranquilidade me coloco à disposição para ajudar no que for necessário para informar sobre as medidas que adotamos para o enfrentamento da pandemia em São Luís”, disse.
Por: Gilberto Leda
Operação da Polícia Federal pode levar Edivaldo à CPI da Covid
Senador Alessandro Vieira (Cidadania-PE) apresentou requerimento – que será votado nesta quarta-feira, 26 – para que o ex-prefeito de São Luís dê explicações sobre desvios de recursos para a pandemia investigados durante sua gestão
O ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (sem partido) pode ter que dar explicações a CPI da CoVID-19, do Senado Federal.
A comissão vota nesta quarta-feria, 26, Requerimento do senador pernambucano Alessandro Vieira (Cidadania) pedindo a convocação de Edivaldo e outros 11 prefeitos e ex-prefeitos que foram alvos de operação da Polícia Federal durante a pandemia.
A informação foi dada em primeira mão, nesta terça-feira, 25, pelo blog do Gilberto Léda.
Edivaldo teve a gestão como alvo da PF no dia 9 de junho doa no passado, quando agentes fizeram busca e apreensão em endereços ligados ao então secretário de Saúde, Lula Fylho, acusado de superfaturamento na compra de insumos e equipamentos para o combate à CoVID-19.
O escândalo repercutiu nacionalmente à época, o que levou à exoneração de Lula Fylho.
Mesmo depois da gestão, já em janeiro, a Polícia Federal promoveu novas buscas, desta vez na casa e no escritório de Lula Fylho, apreendendo, inclusive, dinheiro vivo.
Edivaldo nunca tratou do assunto, nem publicamente, nem entre aliados.
Agora, pode ter que dar explicações em âmbito nacional…
Fonte: Marco Aurélio D’eça
Prefeitura de São Luís avança nas obras de drenagem profunda na região do Santa Bárbara
O prefeito Eduardo Braide acompanhou, na manhã desta terça-feira (25), o andamento das obras de drenagem profunda que estão sendo executadas na região do Santa Bárbara. O local está recebendo serviços estruturais no trecho da Vila Apaco, que vão melhorar a mobilidade na região, beneficiando cerca de 60 mil moradores.
Com a trégua das chuvas, estamos retomando as obras em ritmo acelerado, para concluir a drenagem profunda de toda a área. Depois vamos fazer a parte de pavimentação de ruas e avenidas, para entregar o mais rápido possível à população”, garantiu o prefeito Eduardo Braide.
O projeto contempla a reestruturação de toda região que compreende, também, os bairros do São Raimundo, Santa Efigênia, Cruzeiro de Santa Bárbara, Vila Nova e Vila Vitória, e está sendo executado pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) com recursos do município.
As equipes estão trabalhando na construção de três linhas de 120 metros de tubulação, cada, no trecho que vai fazer uma interligação com uma drenagem já existente e que vai desaguar no Rio Paciência, pondo fim ao alagamento que era constante na área, em um dos quatro pontos de escoamento que constam no projeto da Semosp.
Pelo avanço dos serviços, em seguida, haverá limpeza do rio para eliminar o assoreamento do trecho, garantindo melhor vazão. A atual etapa de drenagem é a última antes do preparo das ruas que receberão asfalto, nova sinalização em fase que deve ser iniciada na primeira quinzena de junho. “Nós temos outras equipes trabalhando com calçamento, ciclovia e em breve a gente reinicia a parte de pavimentação, fazendo tratamento de base e começando o asfalto”, explicou o secretário da Semosp, David Col Debella.
O motorista Pedro Alves mora há 40 anos na região e já começa a sentir os benefícios da obra no bairro. “A vida já melhorou muito, pois não alaga mais e já podemos andar tranquilamente”, comemorou o morador.
Após a conclusão dos serviços, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) realizará a implantação de conjunto semafórico e de nova sinalização na região.
Sem vacina, pessoas entre 30 e 59 anos veem aumento de mortes em SLZ
Faixa etária que ficou na fila de espera para que as prioridades fossem atendidas pelas autoridades públicas teve forte crescimento nos óbitos desde que os mais velhos foram imunizados
As mortes por CoVID-19 na população com idade entre 50 e 59 anos aumentaram 80% no mês de abril, segundo dados dos cartórios de registro civil de São Luís.
Entre os que têm 30 e 39 anos, o percentual foi ainda maior, superando 90%.
Essas faixas etárias estão sem previsão de vacinação por causa do atendimento das chamadas prioridades; só ontem, a Prefeitura de São Luís anunciou o cadastramento de pessoas acima de 50 anos, mas ainda sem previsão de vacinação.
O aumento no número de óbitos entre os mais jovens ocorre diante da imunização dos mais velhos. A capital maranhense já vacinou – pelo menos com a primeira dose – adultos com idade acima de 60 anos, o que fez o vírus se proliferar entre os mais jovens.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.
Em São Luís, a faixa etária que registrou o maior percentual de aumento em relação à média para a idade desde o início da pandemia foi a da população entre 30 e 39 anos, com crescimento percentual de 98% no número de óbitos em abril na comparação com o período que vai de março de 2020 a março de 2021.
Fonte: Marco Aurélio D’eça
‘Temos que avançar para o parlamentarismo’, diz Sarney
Acostumado aos embates e debates da vida pública, o político mais longevo do país, José Sarney, 91 anos, fez alguns pactos consigo mesmo: não dar palpite no governo de sucessores e não revelar conversas entre ex-presidentes, como a que teve recentemente com Luiz Inácio Lula da Silva.
Ainda assim, não se furta a analisar o país à luz da pandemia. Sabe que a sobrevivência da espécie humana só será possível com uma convivência mais harmoniosa e equilibrada com a natureza. Que a pandemia trouxe a certeza de que a humanidade não suporta a imensa desigualdade entre os que têm quase nada e os que têm quase tudo. “Não podemos aceitar que pessoas passem fome, sejam vítimas de violência, sofram discriminações terríveis enquanto uns poucos não saibam o que fazer com o que têm, vivam num niilismo e num luxo desenfreado”, reflete, nesta entrevista à coluna.
Na companhia dos livros, Sarney vive o isolamento em Brasília, cidade que ele considera hoje uma das mais confortáveis do mundo para se viver. “Fui um dos primeiros parlamentares a mudar-me para Brasília e, desde então, fora os anos em que governei o Maranhão, aqui vivo. Fora o primeiro momento — em que saímos das nuvens vermelhas da poeira das obras para o verde das superquadras — , o que vi foi a cidade se transformar numa das grandes cidades brasileiras”, diz.
Sobre o Brasil, entre tantos desafios, aponta alguns urgentes: “Pensar na imensidão do número de vítimas é uma dor que revolta e sufoca. Então temos que bater em duas teclas: ajuda à sobrevivência, a superação da fome e do desespero; e emprego, emprego e emprego”. Sarney vê caminho promissor numa reforma política que tenda ao parlamentarismo.
Aposta na ciência como o fio condutor de qualquer governo neste momento e vê na coletividade o caminho para sair da crise. “A pandemia nos torna a todos vulneráveis, sem discriminar fortuna, poder, cor. Ao mesmo tempo, ela só tem uma maneira efetiva de ser combatida, que é a solidariedade.”
Como a pandemia pode reforçar os valores humanistas da sociedade?
A pandemia nos torna a todos vulneráveis, sem discriminar fortuna, poder, cor. Ao mesmo tempo, ela só tem uma maneira efetiva de ser combatida, que é a solidariedade. Precisamos todos agir com o pensamento na coletividade, seja ao tomar as medidas e precauções de isolamento, distanciamento, uso de máscaras, higiene etc., seja inclusive na vacinação, que só faz realmente efeito se atingir a todos.
Ao igualar os homens, traz a todos os grandes valores da sociedade ocidental, inspirados no cristianismo — por mais agressivas contra a Igreja que tenham sido a Revolução Francesa, a Revolução de 1917, no fundo, tanto os homens do terror quanto os marxistas tinham como inspiração a igualdade e a fraternidade, que são expressões do amor ao próximo.
A pandemia nos mostra também a futilidade da acumulação de supérfluos, a precariedade do individualismo, o risco de desafiarmos a natureza, e tudo isso deve nos fazer dar mais importância ao que (o papa) Paulo VI exprimiu como “ser mais, em vez de ter mais”.
É possível ter um olhar poético diante deste momento difícil?
A poesia tem em seus fundamentos a narrativa dos grandes desafios, como foi o caso da Ilíada ou da Eneida. Dante foi buscar Virgílio para fazer a travessia do Inferno para o Paraíso, na Divina Comédia. Então um tema poético é o trágico, o impacto do inevitável.
Mas, ao mesmo tempo, a pandemia nos faz ter uma vida mais introspectiva, mais voltada para as relações pessoais, e pode ser assim uma grande fonte de lirismo.
O que mudou na sua rotina neste ano de pandemia?
Eu passei uma parte importante da minha vida, dedicada à política, interagindo com outras pessoas, em encontros pessoais ou reuniões de grupos, fosse no Parlamento, fosse no Executivo. Mesmo depois que deixei a política, minha rotina sempre foi passar parte do dia em meu escritório, recebendo pessoas — e tratando de uma grande variedade de assuntos.
Com a pandemia, passo a maior parte do meu tempo em casa, com a família e com esse grande amigo de toda a minha vida, que é o livro.
Como ficam as grandes questões da humanidade no pós-pandemia?
A humanidade tem um grande desafio, que é o seu convívio com a natureza. Se não encontrarmos — e rapidamente — um ponto de equilíbrio, seremos varridos, como já o foram tantos milhões de espécies, da face da Terra.
Mas não podemos ignorar também a gigantesca desigualdade que existe entre os que tudo têm e os que nada têm, tão forte globalmente quanto em nosso país. Não podemos aceitar — são coisas que eu disse há mais de 30 anos, nas Nações Unidas, falando em nome do Brasil — que pessoas passem fome, sejam vítimas de violência, sofram discriminações terríveis enquanto uns poucos, em uns poucos países, não saibam o que fazer com o que têm, vivam num niilismo e num luxo desenfreado.
O momento exige resiliência e ativismo solidário. Pessoalmente, se engajou em alguma atividade coletiva — a distância?
Você sabe que eu dei a minha contribuição na busca da justiça social e da democracia. Agora é a vez de outras gerações.
Que ensinamento este momento nos deixa?
O de que o homem tem que ser mais humilde diante do desconhecido e mais solidário.
O senhor é praticamente um candango. Como viu a evolução da cidade?
Realmente, creio que sou dos últimos sobreviventes dos que viram a cidade nascer. Fui um dos primeiros parlamentares a mudar-me para Brasília, e desde então, fora os anos em que governei o Maranhão, aqui vivo.
Fora o primeiro momento, em que saímos das nuvens vermelhas da poeira das obras para o verde das superquadras, o que vi foi a cidade se transformar numa das grandes cidades brasileiras. Aquela coisa que existia de as pessoas a classificarem de impossível de viver e aqui virem para passar dois ou três dias na semana, voltando para os grandes centros, desapareceu, e hoje há aqui todo ou mais conforto que em qualquer das capitais do mundo.
Como vê a perda de tantos brasileiros para a covid-19?
A perda de cada vida é uma tragédia, não só para a sua família como para o país. Infelizmente, todos já passamos, a esta altura, por viver a pandemia como uma tragédia familiar, pela perda de um parente ou amigo muito próximo. Pensar na imensidão do número de vítimas é uma dor que revolta e sufoca.
O governo federal está desempenhando o papel corretamente em relação à crise sanitária ?
Você sabe que tenho comigo mesmo o compromisso de não dar palpite no governo dos meus sucessores. O que posso dizer é que todos os governos da Terra devem se guiar, neste momento, pela ciência, pelos seus representantes, que são os médicos e pesquisadores, os que têm o domínio de como se processa a expansão deste organismo que não chega a ser vivo, mas é a morte para tantos.
Que conselho o senhor daria aos políticos das novas gerações?
No processo da Inconfidência, chega um Alferes para acusar Tiradentes e mostrar que ele estava numa conspiração, e lhe diz: “Eu aqui estou para trabalhar para ti.”; e Tiradentes responde: “Eu estou aqui para trabalhar para todos.” Creio que quem quer começar na política deve pensar nisso, pensar que a política só faz sentido para quem quer trabalhar por uma sociedade mais justa e humana.
O encontro com o ex-presidente Lula é um sinal de nova aliança?
Eu sou da velha guarda, em que se mantém a liturgia de que conversa entre ex-presidentes não se revela se não for acordado antes.
A importância da união em torno de um projeto suprapartidário para mitigar os efeitos da pandemia nos próximos anos é possível?
Creio que o Brasil tem dois desafios que precisam ser encarados por valores acima das polêmicas políticas: o primeiro é, sem dúvida, este de nos recuperarmos da perda de tantos brasileiros e dos graves efeitos de desorganização da sociedade e da economia que a pandemia causou e continua causando. Então temos que bater em duas teclas: ajuda à sobrevivência, superação da fome e do desespero; e emprego, emprego e emprego.
Depois precisamos fazer uma grande reforma política, com dois focos convergentes: o sistema de governo — temos que avançar para o parlamentarismo —, e o sistema eleitoral — temos que acabar com essa multidão de partidos, acabar com o voto proporcional uninominal, implantar o voto distrital misto, implantar a democracia partidária.
CPI da Covid analisa convocar 9 governadores; Flávio Dino não está na lista de depoimentos
A cúpula da CPI da Covid-19 decidiu convocar 9 governadores a prestar depoimentos para a comissão.
Os requerimentos de convocação de governadores devem ser votados na sessão de quarta-feira (26).
Serão chamados os governadores do Amapá, do Amazonas, do Distrito Federal, do Pará, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, de Rondônia, de Roraima e de Santa Catarina. Além deles, também está na mira da CPI o vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho e 12 prefeitos e ex-prefeitos – Estados e capitais onde a PF investiga suspeitas de desvio de recursos de combate a COVID.
O governador do Maranhão, Flávio Dino não está entre os convocados.
A tendência é que o colegiado aprove apenas o requerimento relacionado a Wilson Lima, para que ele dê detalhes sobre a crise de oxigênio em Manaus.
A decisão de convocar governadores e prefeitos foi tomada para acalmar os ânimos dos governistas que integram a CPI. Eles têm reclamado que a comissão só apontou a mira até agora para atuação do governo federal na pandemia e ignorou a eventual responsabilidade estadual ou municipal.
Os nomes foram escolhidos pelos senadores com base em operações da Polícia Federal realizadas nestas regiões para investigar casos de desvio de verbas para o combate à pandemia.
Com mais 210 mil imunizantes, São Luís deve ficar no topo das cidades que mais vacinaram
A capital do Maranhão, nos cinco primeiros meses de 2021 já vem ocupando posição de destaque entre as capitais que mais vacinaram no país. Agora, com o recebimento de mais 210 mil imunizantes, fica destacada das demais.
O novo lote foi enviado pelo Ministério da Saúde depois de confirmado seis casos da nova variante indiana da covid-19 em um navio chinês fundeado na costa maranhense. Um dos casos, um cidadão de 54 anos, permanece intubado no hospital UDI.
A utilização dessas vacinas acontecerá, notadamente, nas entradas e saídas da nossa ilha. Serão beneficiados também agentes públicos da limpeza urbana, pessoas com deficiência e do manejo de resíduos sólidos.
Também receberam vacinas as cidades de São José de Ribamar (36 mil), Paço do Lumiar (30 mil) e Raposa (6 mil).
Nomes de olho na suplência de Dino
Por: Marrapá
Confirmado como candidato ao Senado, o governador Flávio Dino verá uma batalha interna para ver quem terá a vaga de primeiro suplente na sua chapa.
Como o governador está de saída para o PSB, nomes do PCdoB já começam a especular a primeira suplência de Dino.
Tudo porque se o ex-presidente Lula for eleito em 2022, muitos acreditam que o governador do Maranhão comporá o governo do petista como ministro.
E, sendo assim, abre-se a vaga para o suplente assumir uma cadeira no Senado.
E dois comunistas já estão de olho nessa possibilidade: os deputados federais licenciados Márcio Jerry e Rubens Júnior.
A conta é de que a suplência de Dino pode valer bem mais do que uma cadeira na Câmara Federal.
Que comecem os jogos.
Com renovação de mandato em 2022, Othelino Neto poderá disputar reeleição para presidência da Alema, opina PGR
Segundo Augusto Aras, vedação constitucional diz respeito apenas ao escrutínio para o segundo biênio da legislatura
O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Othelino Neto (PCdoB), poderá disputar novamente o cargo para o comando do Palácio Manuel Beckman pelo próximo biênio quando encerrar a atual legislatura, caso renove o mandato de deputado estadual nas eleições de 2022.
A observação é da PGR (Procuradoria-Geral da República), apresentada nessa terça-feira (18) no bojo da ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pelo diretório nacional do PROS no STF (Supremo Tribunal Federal) em fevereiro deste ano.
De acordo Augusto Aras, chefe do Ministério Público Federal, a vedação constitucional expressa no artigo 57, parágrafo 4º, da Carta Magna diz respeito apenas à recondução de membros de Mesa Diretora aos mesmos cargos quando do escrutínio para o segundo biênio da legislatura.
Neste sentido, a próxima eleição para a presidência da Alema será para o primeiro biênio da próxima legislatura, o que garante possibilidade de Othelino Neto disputar e, se novamente escolhido pelos seus pares, ser reconduzido ao cargo.
“Prevalece o entendimento de que a proibição de recondução estatuída no art. 57, § 4º, da CF restringe-se ao âmbito de uma mesma legislatura, inexistindo óbice para que parlamentares integrantes da mesa diretora no curso do último biênio da legislatura candidatem-se aos mesmos cargos na eleição imediatamente subsequente, para o primeiro biênio da legislatura seguinte”, salienta Aras.
Na manifestação, o procurador-geral da República opinou para que a Assembleia Legislativa maranhense confira interpretação conforme a Constituição ao artigo 29, parágrafo 3º, da Constituição do Estado do Maranhão, bem como ao artigo 6º do Regimento Interno da Casa.
Segundo o texto constitucional, “Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente”.
No cargo por sucessão desde o falecimento de Humberto Coutinho, em 2018, e por eleição unânime desde 2020, Othelino Neto já havia obtido vitória na ação com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator de ação direta de inconstitucionalidade ajuizada na corte pelo diretório nacional do PROS, que declarou ser constitucional sua reeleição para o comando do Poder Legislativo maranhense.
O próprio PROS, antes da decisão de Moraes, chegou a retificar e admitir equívoco na ação.
Com reeleição para deputado estadual garantida, Othelino Neto pode disputar o Senado Federal caso o governador Flávio Dino (PCdoB), em vez de concorrer à vaga, decida por ocupar a candidatura de presidente ou vice-presidente da República em eventual chapa encabeçada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Todavia, caso Dino saia mesmo para o Senado, com reeleição dada como garantida, Othelino já é favorito para presidência da Alema.